Serena Clínica de Psicologia - Endereço:SEPS EQ 714/914 Conj. E – Ed. Talento Sl. 429 e Sl.104 – Asa Sul Brasília/DF - Telefone: 3346-7118 - E-mail:psicologia.serena.df@gmail.com
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Faça sua parte
Amigos e amigas “serenos”,
Aproveitando a postagem anterior, e seguindo a linha de raciocínio do “FAÇA VOCÊ A SUA PARTE!”, quero deixar aqui no blog algumas informações úteis para ajudar aqueles que mais necessitam. Sei que muitos devem ter objetos que não usam mais e, por falta de informação, deixam eles inutilizados, parados em algum canto da casa. Por isso, segue uma lista que já circulou na net e que indica os locais para doações.
Forte Abraço,
Sofia Lisboa
1. Aquele computador que você não usa mais:
CDI - Centro de Democratização da Informática.
É uma ONG que trabalha com a população carente do DF e entorno e que
necessitam de doações de equipamentos
para continuarem o trabalho.
Marco Ianniruberto - Secretário Executivo do CDI-DF diretoria@cdi-df.org.br
Aldiza - aldiza@esquel.org.br
201 Bloco A Sala 123 Brasília - DF
(61) 3322-7233
2 . Fazer crianças felizes doando bicicletas usadas
Rodas da Paz
Como: Recebe doação de bicicletas novas, usadas, com defeitos ou
quebradas. Consertam/Reformam e doam para
creches/crianças carentes . As que não tiverem conserto, eles fazem a
tricicleta para deficientes físicos.
thebruce@terra.com.br
www.osteixeiras.com.br
Maurício 8408.8498
Andréia 9986.2911 / 3447.4551
3. Devolver a boa visão a pessoas que não podem comprar óculos
Voriques Óptica
Como: Recebe óculos com defeitos ou quebrados . Consertam e doam para
idosos e crianças carentes.
Centro Médico de Brasília
SHLS 716 Bloco F loja 16/43
Voriques 3346.6100
Marina/Walace 3346.9692 (marketing)
marketing@voriques.com.br
assessoria@voriques.com.br
Pátio Brasil Shopping - Térreo Loja 104W
3225.8586 / 3223.3496
Centro Comercial Gilberto Salomão - Lago Sul
3248.6952 / 3364.3616
4. Melhorar a qualidade de vida de centenas de família
100 Dimensão
Sônia, Ângela 8442.3275 angel01@hotmail.com
Como: Recebe eletrodomésticos usados e com pequenos defeitos,
restauram e repassam.
QN 16 conj. 5 lote 2 Riacho Fundo II (na entrada)
5. Ajudar a cuidar de dezenas de crianças que foram abandonadas
Aldeias SOS
www.aldeiasinfantis.org.br
Como:Recebe roupas, alimentos, brinquedos,etc
6. Fornecer remédios para quem não pode comprar
Remédios
Recebe doação de remédios
Quem forneceu os contatos foi a Dra. Neide (HRAN) 3325.4249
neide@linkexpress.com.br
7. Hospital de Base
Salvar a vida de muitas pessoas
Doação de Sangue
Como: Doando sangue
SMHS, Quadra 101, área especial, Brasília. Tel: (61) 325-4050 .
Setor Médico Hospitalar Norte, quadra 03, conjunto A, Bloco 03,
próximo ao HRAN, no início da Asa Norte. O
atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h e aos
sábados das 7h às 12h. Outras informações
pelos telefones 160 e 3327 4424/4410 ou no site www.fhb.df.gov.br
Distrito Federal: Fundação Hemocentro de Brasília. Endereço: SMHN
Quadra 03 - Conjunto A, Asa NorteTelefone:
(61) 327-4462 /64 Fax : (61) 327-4442 Coordenadora: Dra. Maria de
Fátima Brito PortelaEmail: pr@fhb.df.gov.br
10. Disque Saúde - Transplante: 0800 61 1997
Devolver a boa qualidade de vida a uma pessoa
Doação de Órgãos
Como: Doando orgãos. http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes/hotsite/
http://www.abto.org.br/populacao/populacao.asp
Central de Captação de Órgãos - SMHS-Hospital de Base do DF, mezanino,
sala 102 (61) 325 5055
11. Participando com gente que combate a corrupção
Combate à corrupção
Como: Veja no site www.amarribo.org.br
12. Agente Cidadão
www.agentecidadao.org.br
adilson@agentecidadao.org.br
13. Doando livros sobre temas ambientais
Associação Amigos do Futuro
Doação de livros, vídeos, revistas, monografias ambientais
Telefone: 3346.0422
14. Se você é jovem e quer se juntar a outros jovens que estão fazendo
algo pelo próximo
ONG Sonhar Acordado
Mateus 9963.9639 3468.3769
mateus@sonharacordado.com.br
Voluntariado - passe um dia com uma criança carente
Doação de roupas, calçados, alimentos,
materiais de construção.
15. Doando kimonos usados
Tranquillini.
Ele dá aulas de judô para crianças carentes de 7 a 17 anos e recebe
kimonos usados.
tel: 3224-7728
e-mail: tranquillini@abordo.com.br
16. Seus potes de vidro usados podem ajudar a salvar vidas de muitos
bebês (e seu leite também)
Campanha de vidros para armazenar Leite Humano
Berçário do Hosp. Santa Helena
Acima de 30 vidros eles buscam em casa
3215.0029
Vidros de maionese, nescafé ou qualquer outro com tampa de plástico.
17. Os livros que você não quer mais não devem ir para o lixo
COPE Espaço Cultural
Compra,vende, troca (novos e usados) livros, bibliotecas, Cd's e RPG
Recebem livros abaixo da 5ª série e doam para escolas públicas.
3274.1017 CLN 409 Bl D lj 19/43 Asa Norte
3201.1017 SIA/Sul Conj. B lojas 418/420 Feira dos Importados
18. Ajuda Brasil: www.ajudabrasil.com.br
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Redução da maioridade penal
Boa tarde amigos do blog Serena Psicologia!
Há alguns dias recebi um e-mail que indicava os 10 motivos da Psicologia CONTRA a redução da maioridade penal e que pedia nossa participação (Psicólogos) em manifesto enviado aos Deputados da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania. Achei louvável e logo aderi à proposta.
Pensei, contribuo tão pouco na construção de políticas públicas ou na cobrança das promessas dos políticos que elegi, por que não me manifestar por e-mail???? Afinal, meu dedo não iria cair!
O interessante foi que recebi resposta do Deputado Antonio Carlos Pannunzio por ter feito este pequeno ato. O teor da resposta, como podem ver logo abaixo, indicava que alguém estava ouvindo o que tínhamos para dizer. Agora, se ações serão feitas a partir daí ... eu particularmente não sei, mas a VOZ, sim a VOZ, foi dissipada. E por isso, continuo aqui no blog, neste espaço de "compartilhar", a dizer o porquê, nós psicólogos, somos contra a redução da maioridade penal e sugiro que:
*Faça VOCÊ seu pequeno gesto, envie estes 10 motivos para todos aqueles que conhecerem.
*Não deixe que sentimentos de violência e vingança encarcerem jovens que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer princípios e uma vida de qualidade!
*COBREM os políticos! São eles os responsáveis pela construção e execução de políticas públicas que retiram nossas crianças/adolescentes da marginalidade.
*Seja VOCÊ coresponsável pela construção de um país livre de preconceitos e violência.
Psicólogos contra o Projeto de Lei da redução da maioridade penal
Prezados senhores Deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC
Conheça as 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal:
1. A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa. O desafio da sociedade é educar seus jovens, permitindo um desenvolvimento adequado tanto do ponto de vista emocional e social quanto físico;
2. É urgente garantir o tempo social de infância e juventude, com escola de qualidade, visando condições aos jovens para o exercício e vivência de cidadania, que permitirão a construção dos papéis sociais para a constituição da própria sociedade;
3. A adolescência é momento de passagem da infância para a vida adulta. A inserção do jovem no mundo adulto prevê, em nossa sociedade, ações que assegurem este ingresso, de modo a oferecer – lhe as condições sociais e legais, bem como as capacidades educacionais e emocionais necessárias. É preciso garantir essas condições para todos os adolescentes;
4. A adolescência é momento importante na construção de um projeto de vida adulta. Toda atuação da sociedade voltada para esta fase deve ser guiada pela perspectiva de orientação. Um projeto de vida não se constrói com segregação e, sim, pela orientação escolar e profissional ao longo da vida no sistema de educação e trabalho;
5. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propõe responsabilização do adolescente que comete ato infracional com aplicação de medidas socioeducativas. O ECA não propõe impunidade. É adequado, do ponto de vista da Psicologia, uma sociedade buscar corrigir a conduta dos seus cidadãos a partir de uma perspectiva educacional, principalmente em se tratando de adolescentes;
6. O critério de fixação da maioridade penal é social, cultural e político, sendo expressão da forma como uma sociedade lida com os conflitos e questões que caracterizam a juventude; implica a eleição de uma lógica que pode ser repressiva ou educativa. Os psicólogos sabem que a repressão não é uma forma adequada de conduta para a constituição de sujeitos sadios. Reduzir a idade penal reduz a igualdade social e não a violência - ameaça, não previne, e punição não corrige;
7. As decisões da sociedade, em todos os âmbitos, não devem jamais desviar a atenção, daqueles que nela vivem, das causas reais de seus problemas. Uma das causas da violência está na imensa desigualdade social e, conseqüentemente, nas péssimas condições de vida a que estão submetidos alguns cidadãos. O debate sobre a redução da maioridade penal é um recorte dos problemas sociais brasileiros que reduz e simplifica a questão;
8. A violência não é solucionada pela culpabilização e pela punição, antes pela ação nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que a produzem. Agir punindo e sem se preocupar em revelar os mecanismos produtores e mantenedores de violência tem como um de seus efeitos principais aumentar a violência;
9. Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa. É encarcerar mais cedo a população pobre jovem, apostando que ela não tem outro destino ou possibilidade;
10. Reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude. Nossa posição é de reforço a políticas públicas que tenham uma adolescência sadia como meta.
Resposta do Deputado
Prezada Sofia
Percebi no conteúdo do seu e-mail, o enunciado de um posicionamento bastante lúcido e coerente na análise das aspectos relevantes - e que neste sentido não podem ser desconsiderados -, em qualquer debate acerca da redução da maioridade penal.
Contudo, em que pese o reconhecido valor dos pontos relacionados, declaramente defendidos pelos profissionais de Psicologia, existem aqueles que defendem uma interpretação e tratamentos diversos, e nosso dever como legisladores é de, constatada a controvérsia, saber ouvir as diversas opiniões, sempre sopesando os argumentos que as acompanham.
Do amplo conhecimento dessas manifestações, há de surgir uma interpretação equilibrada, capaz de refletir, nas disposicões constitucionais ou legais, a orientação e diretrizes mais adequadas ao tempo, necessidades e circunstâncias, que caracterizam nossa realidade sócio-cultural e econômica, que, de algum modo, moldam os indivíduos, suas potencialidades e padrões de conduta e que também agem sobre eles, através dos instrumentos de controle social, em nome do interesse coletivo.
Ademais, preocupa-me bastante ver deliberadas proposições, capazes de repercutir profundamente neste complexo contexto, em momento contaminado pela disputa eleitoral, tendente a sujeitar assuntos da maior seriedade à discussão apaixonada, o que pode acarretar distorções, no processo de sua apreciação e decisão, dificilmente reversíveis.
Por isso, inclino-me pela prudência, e assim, mesmo entendendo, simpatizando e até acolhendo os fundamentos de algumas linhas de abordagem dessa questão, apresentados por você, informo que, diante da inclusão em pauta da Proposta de Emenda Constitucional n° 171, de 1993, que trata do tema, e vinte e seis outras proposições a esta anexadas, já havia resolvido anteriormente, junto à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da qual sou membro:
a) efetuar ponderações com meus pares, que associadas as outras manifestações assemelhadas, resultaram na retirada de pauta da matéria, em 09/06/2010; e
b) apresentar requerimento de Audiência Pública, que permita à atual composição daquele órgão técnico obter subsídios adicionais sobre a questão, o que concretizei em 07/07/2010.
Ao formular meu requerimento, insisti em que, utilizar mais algum tempo na instrução, poderia trazer mais vantagens que desvantagens no encaminhamento desta matéria, demonstrei que a últimas audiências públicas remontavam a 1999 e 2001, o que recomendava novamente a sua realização. Ademais, sugeri nomes, para dela participarem, de estudiosos do tema, com vinculações ao campo do Direito, dada a natureza do foro e suas atribuições, que possam, em suas exposições, assumir posições pró, contra e intemediária, lastreando a avaliação de admissibilidade dessas proposições, frente a preceitos constitucionais aplicáveis.
Dada a sensibilidade da conjunto, a ocorrência da audiência pública possivelmente ficará para depois das eleições. Já as demais questões, sobretudo vinculadas ao mérito, dependerão do exame e deliberação de Comissão Especial, a ser oportunamente constituída pela Presidência da Câmara dos Deputados, além de passar pelo crivo do Plenário da Casa e do Senado Federal.
Com esses cuidados, imagino ter colaborado para um encaminhamento construtivo e adequado do tema, lembrando que na Comissão Especial não faltará oportunidade para que argumentos de mérito, como os constantes de seu e-mail, possam ser recolocados à apreciação, o que defenderei veementemente.
Atenciosamente,
Antonio Carlos Pannunzio
Deputado Federal
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Felicidade Realista
Boa semana a todos,
Abro a semana com um texto que gosto muito que fala sobre a felicidade real versus felicidade imaginária. Afinal, temos que tomar cuidado em não nos tornarmos pessoas eternamente insatisfeitas!
Boa reflexão!
Luciana Brasil
PS.: Este texto circula na internet com a autoria errada (Mário Quintana). Realmente, era difícil acreditar que este iria escrever o termo "sarado".Este texto é de Martha Medeiros, escritora gaúcha e circulou na revista Época em 2003. Vamos dar crédito a quem tem direito!
"FELICIDADE REALISTA"
( Martha Medeiros )
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote
louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,
usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o
suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
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Felicidade
terça-feira, 20 de julho de 2010
O que é a Terapia com Abordagem Cognitivo-Comportamental?
Hoje resolvi explicar um pouquinho como funciona a terapia Cognitivo-Comportamental, foco de várias dúvidas presentes inclusive ao telefone da clínica.
A teoria Cognitivo-Comportamental é uma abordagem que integra conceitos e técnicas das abordagens Cognitiva e Comportamental no que se refere aos pressupostos teóricos na forma e na prática clínica.
Basicamente, a teoria Cognitiva (Beck) apresenta a seguinte equação:
PENSAMENTO - SENTIMENTO – AÇÃO
Daí, vamos ilustrar o caso do deprimido:
Ele pensa” A minha vida é muito ruim, nada presta” . O que ele sente (baseado neste pensamento – cognição)? Tristeza, vontade de não fazer nada, ansiedade. O que ele faz (AÇÃO)? Dorme, chora, se isola. Assim, ele fez uma ação baseada num pensamento (início da equação) e que nas maiorias das vezes está distorcido.
E aí?
O terapeuta cognitivo entra em ação para contestar este pensamento. Este pensamento está correto? Que indício ele possui que a vida dele é muito ruim, que nada presta? O nada presta não estaria ligado a uma catástrofe?
Assim, o terapeuta cognitivo ajuda a identificar os pensamentos, automáticos, as distorções cognitivas e consequentemente, mudar as ações decorrentes desta forma inadequada de ver o mundo.
Assim, é importante destacarmos que o paciente irá fazer uma Reestrturação Cognitiva, ou seja, pensar de uma forma nova, diferente.
Por outro lado, a teoria Comportamental (Skinner) enxerga o indivíduo como fruto do ambiente e das contigências (história de reforço, punição, esquiva, etc). Daí, o terapeuta deve tentar perceber quais são os mantenedores do quadro apresentado.
Finalmente, a Teoria Cognitivo-Comportamental desenvolveu a idéia de que um problema psicológico pode ser compreendido por três enfoques diferentes ligados entre si: os sistemas comportamental, cognitivo/afetivo e fisiológico.
Deixa-me exemplificar: a ansiedade é vista da seguinte forma (três enfoques):
Fisiológico: é responsável pela ativação automática de certas sensações, a fim de preparar o corpo para a ação.
Cognitivo: Distorções cognitivas. Superestimação da probabilidade (certeza que vai acontecer) e catastrofização.
Comportamental: preocupação excessiva
Por fim, o foco do terapeuta no consultório deve trabalhar os três componentes da Ansiedade:
a) Fisiológico – Relaxamento Muscular (ansiedade e relaxamento são dois estímulos que se inibem de forma recíproca)
b) Cognitivo – Reestruturação Cognitiva
c) Comportamental – Prevenção do comportamento de preocupação e solução de problemas.
È isto! Um forte abraço a todos!
Luciana Brasil – Psicóloga Clínica Serena Psicologia com formação em Análise do Comportamento e Especialização em Teoria Cognitivo-Comportamental
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sábado, 17 de julho de 2010
Carpe Diem:Suspenda o a priori
A suspensão do a priori (experiência primeira, vivida anteriormente) consiste em se disponibilizar para viver uma experiência nova. Ainda que a experiência tenha sido vivenciada anteriormente se pode se disponibilizar para vivê-la como se fosse a primeira vez.
Temos dificuldade de perdoar as pessoas e muitas vezes nos perdoar, isso mesmo, muitas vezes devemos o perdão a nós mesmos por nos permitir passar por situações dolorosas que poderíamos ter evitado. Outras vezes devemos o perdão à vida e talvez pudéssemos pensar que em alguns momentos, devemos o perdão a Deus. Ora, quantas vezes parecem termos feito tudo tão certo, conforme manda o figurino e, no entanto parece que o próprio Deus se esqueceu de nós. Isso me lembra a historinha chamada pegadas na areia, mais isto é assunto para outro texto.
Já dizia o filósofo Heráclito de Éfeso que ninguém atravessa o mesmo rio duas vezes, as águas do rio já não seriam as mesmas e nem você seria a mesma pessoa. O problema é que não nos damos conta disso, pensamos prever tudo, com isso a espontaneidade e a criatividade ficam embotadas. Basta nos deparar com uma situação nova, o quanto geralmente ela nos incomoda.
Exemplo disso é a situação de crise. A crise nos empurra para uma mudança forçada, esse é o lado bom dela, a mudança. Infelizmente não a vivemos focados no lado bom. Bom seria que todos nós pudéssemos vislumbrar o lado colorido da vida até mesmo nas situações mais dolorosas. Muitas vezes precisamos de alguém ou mesmo de anos para sermos capazes de enxergar.
Voltando à suspensão do a priori, não é fácil, é um exercício diário. Por exemplo, convivemos com as mesmas pessoas diariamente, dentro da mesma casa, com o tempo deixamos de nos olhar, de nos perceber. Daí quando tiramos um tempinho para olhar um álbum de família nos assustamos com o quanto as coisas mudaram. As roupas são de outro estilo, o corte de cabelo mudou, e os rostos das pessoas estão sem as marcas do tempo. Precisamos nos observar com amor, nos olhar...
Quando uma pessoa não consegue falar bem em público é porque ela não consegue suspender o a priori. Provavelmente ela está presa a experiências passadas que lhe marcou uma baixa auto-estima, ou a uma experiência em que não obteve sucesso ao falar em público. Quando ela se disponibiliza ela coloca a experiência ruim entre parêntesis e se atira a uma nova experiência com a confiança necessária para que dê certo. E se der errado, novamente ela coloca entre parêntesis o passado e de repente as coisas começam a dar certo e a dar certo...
Suspender o a priori é permitir que sejamos emocionados facilmente, que nos encantemos novamente com as rosas daquele jardim que vemos todos os dias, é não nos prender a uma experiência ruim do passado e, mais do que isso, é nos permitir viver uma experiência boa, uma vida nova...
Janaina Bahia – Psicóloga - Serena Psicologia; professora de Psicologia da religião e aconselhamento cristão da faculdade de teologia FATADEB.
Temos dificuldade de perdoar as pessoas e muitas vezes nos perdoar, isso mesmo, muitas vezes devemos o perdão a nós mesmos por nos permitir passar por situações dolorosas que poderíamos ter evitado. Outras vezes devemos o perdão à vida e talvez pudéssemos pensar que em alguns momentos, devemos o perdão a Deus. Ora, quantas vezes parecem termos feito tudo tão certo, conforme manda o figurino e, no entanto parece que o próprio Deus se esqueceu de nós. Isso me lembra a historinha chamada pegadas na areia, mais isto é assunto para outro texto.
Já dizia o filósofo Heráclito de Éfeso que ninguém atravessa o mesmo rio duas vezes, as águas do rio já não seriam as mesmas e nem você seria a mesma pessoa. O problema é que não nos damos conta disso, pensamos prever tudo, com isso a espontaneidade e a criatividade ficam embotadas. Basta nos deparar com uma situação nova, o quanto geralmente ela nos incomoda.
Exemplo disso é a situação de crise. A crise nos empurra para uma mudança forçada, esse é o lado bom dela, a mudança. Infelizmente não a vivemos focados no lado bom. Bom seria que todos nós pudéssemos vislumbrar o lado colorido da vida até mesmo nas situações mais dolorosas. Muitas vezes precisamos de alguém ou mesmo de anos para sermos capazes de enxergar.
Voltando à suspensão do a priori, não é fácil, é um exercício diário. Por exemplo, convivemos com as mesmas pessoas diariamente, dentro da mesma casa, com o tempo deixamos de nos olhar, de nos perceber. Daí quando tiramos um tempinho para olhar um álbum de família nos assustamos com o quanto as coisas mudaram. As roupas são de outro estilo, o corte de cabelo mudou, e os rostos das pessoas estão sem as marcas do tempo. Precisamos nos observar com amor, nos olhar...
Quando uma pessoa não consegue falar bem em público é porque ela não consegue suspender o a priori. Provavelmente ela está presa a experiências passadas que lhe marcou uma baixa auto-estima, ou a uma experiência em que não obteve sucesso ao falar em público. Quando ela se disponibiliza ela coloca a experiência ruim entre parêntesis e se atira a uma nova experiência com a confiança necessária para que dê certo. E se der errado, novamente ela coloca entre parêntesis o passado e de repente as coisas começam a dar certo e a dar certo...
Suspender o a priori é permitir que sejamos emocionados facilmente, que nos encantemos novamente com as rosas daquele jardim que vemos todos os dias, é não nos prender a uma experiência ruim do passado e, mais do que isso, é nos permitir viver uma experiência boa, uma vida nova...
Janaina Bahia – Psicóloga - Serena Psicologia; professora de Psicologia da religião e aconselhamento cristão da faculdade de teologia FATADEB.
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relacionamento Interpessoal
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Você é assertivo?
As marcas afetivas advindas dos primeiros vínculos carregados de um clima emocional desfavorável ao desenvolvimento psicológico contêm alertas internos que bloqueiam a livre expressão do ser e tornam a conduta repetitiva, massificada e irracional em determinados momentos da vida.
Nas relações interpessoais, assertividade se refere a uma atitude positiva de respostas, nas quais todos os envolvidos sentem-se confortáveis e comprometidos com os resultados a serem alcançados.
O comportamento assertivo é o que torna a pessoa capaz de agir em seu próprio interesse e ser empático (colocar-se no lugar do outro para compreender a situação) Por exemplo, você chega cansado em casa e toca o telefone. É um amigo convidando-o para um bar. Sua vontade é dizer não, mas talvez, por não querer magoá-lo, você aceita o convite. Você acaba de dizer sim quando queria dizer não, ou seja, deixou de ser assertivo. O comportamento assertivo constrói uma comunicação saudável dentro de um grupo, seja ele de amigos ou profissionais.
Lógicas assertivas de conduta são expressões de sentimentos e sensações que orientam a dinâmica psicológica da pessoa em determinados momentos e contextos. Por exemplo: “preciso me anular, para ser aceito”; “Fazendo tudo o que me pedem, terei atenção”; “Vão me perceber, se eu der conta de tudo”; “Se eu expressar minha raiva, vão me rejeitar”. Essas cenas de conduta são construídas por marcas afetivas registradas em vínculos conflituosos.
Na vida pessoal a assertividade traz bem-estar porque a pessoa sente que tem as rédeas da própria vida em suas mãos. A assertividade diminui aquela necessidade de ter aprovação obrigatória de outras pessoas sobre seus atos. Com isso a pessoa torna-se mais autoconfiante e com sua auto-estima equilibrada.
Nossos sentimentos e nossas atitudes devem refletir o presente e propiciar uma perspectiva pessoal sobre os eventos com os quais você está defrontando. Compreender e expressar os sentimentos são a chave para o domínio de nós mesmos, para achar a verdadeira independência, que é atingir a autonomia sobre si mesmo. À medida que a pessoa se abre mais em relação a seus sentimentos, menos necessidade existe de se guardar das coisas ameaçadoras do mundo, porque, em vez de se ocultar dos sentimentos, a pessoa aberta usa-os como um guia que interpreta o mundo que ela está vivenciando. A realidade não pode ser compreendida sem levarmos em conta os sentimentos. A não assertividade é uma condição de desequilíbrio na qual os sentimentos – em vez de serem expressos – são presos numa armadilha. Impedir que os sentimentos se manifestem naturalmente nos faz usar defesas e exaure energias.
Quanto mais os sentimentos são reprimidos, menos energia você tem para ser você mesmo, menos aberto você se torna. Quando os sentimentos escapam para uma direção errada, as defesas tornam-se mais rígidas impedindo uma interação mais espontânea.
O primeiro passo para você se livrar de uma condição não assertiva é se permitir a si mesmo sentir e expressar qualquer emoção que você queira sentir, sem fazer um julgamento de valor. Simplesmente, sinta. Não tenha medo de sentir, pensando que mostrar uma determinada emoção o exibirá sob uma ótica desfavorável. Os seus sentimentos muito lhe podem dizer sobre o mundo e sobre você mesmo, mas eles não devem ser considerados evidência para provar seu valor. Não é simplesmente porque você tem sentimentos de raiva que faz de você uma pessoa “ruim”, assim como atitudes altruístas não fazem de você, necessariamente, uma “boa” pessoa.
Se alguém magoar seus sentimentos, ou lhe provocar dor, exprima sua dor para essa pessoa tão direta e francamente quanto possível. À medida que se torna aberto, você também se torna muito mais consciente de si mesmo. Você passa a identificar mais coisas a respeito de outras pessoas porque pode receber o que vem delas para você, sem distorcer o que vem dos outros com suas defesas.
Petronília Coelho – Psicóloga com formação Cognitivo-Comportamental
Nas relações interpessoais, assertividade se refere a uma atitude positiva de respostas, nas quais todos os envolvidos sentem-se confortáveis e comprometidos com os resultados a serem alcançados.
O comportamento assertivo é o que torna a pessoa capaz de agir em seu próprio interesse e ser empático (colocar-se no lugar do outro para compreender a situação) Por exemplo, você chega cansado em casa e toca o telefone. É um amigo convidando-o para um bar. Sua vontade é dizer não, mas talvez, por não querer magoá-lo, você aceita o convite. Você acaba de dizer sim quando queria dizer não, ou seja, deixou de ser assertivo. O comportamento assertivo constrói uma comunicação saudável dentro de um grupo, seja ele de amigos ou profissionais.
Lógicas assertivas de conduta são expressões de sentimentos e sensações que orientam a dinâmica psicológica da pessoa em determinados momentos e contextos. Por exemplo: “preciso me anular, para ser aceito”; “Fazendo tudo o que me pedem, terei atenção”; “Vão me perceber, se eu der conta de tudo”; “Se eu expressar minha raiva, vão me rejeitar”. Essas cenas de conduta são construídas por marcas afetivas registradas em vínculos conflituosos.
Na vida pessoal a assertividade traz bem-estar porque a pessoa sente que tem as rédeas da própria vida em suas mãos. A assertividade diminui aquela necessidade de ter aprovação obrigatória de outras pessoas sobre seus atos. Com isso a pessoa torna-se mais autoconfiante e com sua auto-estima equilibrada.
Nossos sentimentos e nossas atitudes devem refletir o presente e propiciar uma perspectiva pessoal sobre os eventos com os quais você está defrontando. Compreender e expressar os sentimentos são a chave para o domínio de nós mesmos, para achar a verdadeira independência, que é atingir a autonomia sobre si mesmo. À medida que a pessoa se abre mais em relação a seus sentimentos, menos necessidade existe de se guardar das coisas ameaçadoras do mundo, porque, em vez de se ocultar dos sentimentos, a pessoa aberta usa-os como um guia que interpreta o mundo que ela está vivenciando. A realidade não pode ser compreendida sem levarmos em conta os sentimentos. A não assertividade é uma condição de desequilíbrio na qual os sentimentos – em vez de serem expressos – são presos numa armadilha. Impedir que os sentimentos se manifestem naturalmente nos faz usar defesas e exaure energias.
Quanto mais os sentimentos são reprimidos, menos energia você tem para ser você mesmo, menos aberto você se torna. Quando os sentimentos escapam para uma direção errada, as defesas tornam-se mais rígidas impedindo uma interação mais espontânea.
O primeiro passo para você se livrar de uma condição não assertiva é se permitir a si mesmo sentir e expressar qualquer emoção que você queira sentir, sem fazer um julgamento de valor. Simplesmente, sinta. Não tenha medo de sentir, pensando que mostrar uma determinada emoção o exibirá sob uma ótica desfavorável. Os seus sentimentos muito lhe podem dizer sobre o mundo e sobre você mesmo, mas eles não devem ser considerados evidência para provar seu valor. Não é simplesmente porque você tem sentimentos de raiva que faz de você uma pessoa “ruim”, assim como atitudes altruístas não fazem de você, necessariamente, uma “boa” pessoa.
Se alguém magoar seus sentimentos, ou lhe provocar dor, exprima sua dor para essa pessoa tão direta e francamente quanto possível. À medida que se torna aberto, você também se torna muito mais consciente de si mesmo. Você passa a identificar mais coisas a respeito de outras pessoas porque pode receber o que vem delas para você, sem distorcer o que vem dos outros com suas defesas.
Petronília Coelho – Psicóloga com formação Cognitivo-Comportamental
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Religiosidade e espiritualidade como fatores de promoção de saúde psíquica
Quando se trata de saúde psíquica o correto é considerar a pessoa como um ser bio-psico-sócio-cultural e espiritual. Para a compreensão do fenômeno psicológico que coloca a pessoa em situação de sofrimento é necessário se atentar para o todo da pessoa.
A religiosidade das pessoas costuma ser pouco explorada por psicoterapeutas, talvez pelo receio de tornar a Psicologia menos científica, pois se sabe que há séculos foi travada uma guerra entre ciência e religião.
Interessante observar que alguns pacientes chegam a dizer: “isso que vou te contar eu só confessaria a um padre”. Seria esse um dos motivos de ainda existir certa rivalidade entre ciência e religião? Seria uma disputa pelo fenômeno a causa de se estranharem?
Sabe-se que, muitas vezes, a busca pelo consultório psicológico vem carregada de desesperança, pois a pessoa já tentou várias alternativas para resolução de seus conflitos. Dentre estas alternativas a busca por uma vivência espiritual pode ter sido frustrada. No entanto, são incontáveis os relatos de pessoas que declaram só ter suportado determinadas situações porque “Deus deu força a elas”.
Existem posicionamentos contrários, porém é inegável que a religião é fator de promoção de saúde psíquica.
A vida é complexa demais para apenas a ciência, ou apenas a religião, ou apenas a filosofia darem conta das explicações para compreensão de tantos questionamentos. Portanto, o inteligente é utilizar as idéias que combinam entre si para promover ajuda a cada paciente. Devemos sim incentivar aos nossos pacientes o desenvolvimento de cada área de suas vidas que ficaram no esquecimento, seja a prática de exercícios físicos, seja o incentivo para cuidar da alimentação, seja a procurar um psiquiatra para verificar a necessidade ou não do uso de medicamento, seja a ida a algum evento religioso, social, e por aí vai. O que se busca é o desenvolvimento e equilíbrio em cada área.
Observemos, por exemplo, um conceito de religião dado por um psicólogo da religião: “os sentimentos, atos e experiências de indivíduos em sua solidão, na medida em que se sintam relacionados com o que quer que possam considerar o divino” (JAMES, 1995). Este conceito menciona a solidão, e coloca a vivência espiritual como possível forma de enfrentamento desta solidão.
O que dizer a um paciente que traz questões relacionadas a morte sem abranger aspectos religiosos? Como tratar o luto sem tocar em tal aspecto? Claro que os recursos do próprio paciente são avaliados e potencializados e de acordo com o adequado para ele se planeja o tratamento.
Ao invés de ficarmos considerando tantas coisas como antagônicas, é melhor observar que há nelas que podem se complementar.
Janaina Bahia – Psicóloga - Serena Psicologia; professora de Psicologia da religião e aconselhamento cristão da faculdade de teologia FATADEB.
A religiosidade das pessoas costuma ser pouco explorada por psicoterapeutas, talvez pelo receio de tornar a Psicologia menos científica, pois se sabe que há séculos foi travada uma guerra entre ciência e religião.
Interessante observar que alguns pacientes chegam a dizer: “isso que vou te contar eu só confessaria a um padre”. Seria esse um dos motivos de ainda existir certa rivalidade entre ciência e religião? Seria uma disputa pelo fenômeno a causa de se estranharem?
Sabe-se que, muitas vezes, a busca pelo consultório psicológico vem carregada de desesperança, pois a pessoa já tentou várias alternativas para resolução de seus conflitos. Dentre estas alternativas a busca por uma vivência espiritual pode ter sido frustrada. No entanto, são incontáveis os relatos de pessoas que declaram só ter suportado determinadas situações porque “Deus deu força a elas”.
Existem posicionamentos contrários, porém é inegável que a religião é fator de promoção de saúde psíquica.
A vida é complexa demais para apenas a ciência, ou apenas a religião, ou apenas a filosofia darem conta das explicações para compreensão de tantos questionamentos. Portanto, o inteligente é utilizar as idéias que combinam entre si para promover ajuda a cada paciente. Devemos sim incentivar aos nossos pacientes o desenvolvimento de cada área de suas vidas que ficaram no esquecimento, seja a prática de exercícios físicos, seja o incentivo para cuidar da alimentação, seja a procurar um psiquiatra para verificar a necessidade ou não do uso de medicamento, seja a ida a algum evento religioso, social, e por aí vai. O que se busca é o desenvolvimento e equilíbrio em cada área.
Observemos, por exemplo, um conceito de religião dado por um psicólogo da religião: “os sentimentos, atos e experiências de indivíduos em sua solidão, na medida em que se sintam relacionados com o que quer que possam considerar o divino” (JAMES, 1995). Este conceito menciona a solidão, e coloca a vivência espiritual como possível forma de enfrentamento desta solidão.
O que dizer a um paciente que traz questões relacionadas a morte sem abranger aspectos religiosos? Como tratar o luto sem tocar em tal aspecto? Claro que os recursos do próprio paciente são avaliados e potencializados e de acordo com o adequado para ele se planeja o tratamento.
Ao invés de ficarmos considerando tantas coisas como antagônicas, é melhor observar que há nelas que podem se complementar.
Janaina Bahia – Psicóloga - Serena Psicologia; professora de Psicologia da religião e aconselhamento cristão da faculdade de teologia FATADEB.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Relacionamento pais e filhos ruins e o alcoolismo
Recebi esta matéria e compartilho com vocês.
Abraços,
Elis Regina
Adolescentes que trabalham ou que têm relações ruins com os pais podem estar mais sujeitos ao uso pesado de álcoolEstudo revela que quase 10% dos estudantes fazem uso abusivo de álcool, e que ter pai liberal pode até mesmo piorar o indicador.AGÊNCIA NOTISA.
De acordo com pesquisa publicada na Revista de Saúde Pública, o uso abusivo de álcool pode ser comum entre os adolescentese atinge principalmente os indivíduos com relações ruins com os paisou que já trabalham.
O artigo é da autoria de José Carlos Galduróz, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo(Unifesp) e colegas, e foi publicado na edição de abril de 2010 doperiódico.Segundo os pesquisadores, para coleta de dados, foi realizadolevantamento com estudantes de idades entre dez e 18 anos, do ensino fundamental e médio de escolas públicas em todas as capitais brasileiras.
As informações foram coletadas por meio de um questionário anônimo de auto preenchimento com questões fechadas, quefoi adaptado a partir de um modelo utilizado pela Organização Mundialda Saúde. O questionário, conforme explicam, "continha questões sobrefrequência e padrão de uso de drogas, bem como dados demográficos, defrequência escolar, prática esportiva, religião e trabalho. Além disso, foram incluídas no questionário questões sobre relacionamentofamiliar e percepção quanto ao controle exercido pelos pais".Os autores revelam, entre os resultados do levantamento, que "os fatores mais associados ao uso pesado de álcool no mês anterior à pesquisa foram: trabalho formal, idade superior a 15 anos erelacionamento ruim ou regular com a mãe".
Eles afirmam ainda que "A prática de esporte e a percepção de ter uma mãe liberal não apresentaram significância estatística e foram desconsiderados. A percepção de personalidade liberal do pai mostrou-se associada ao usopesado de álcool pelos estudantes".José Carlos e colegas acreditam que "o estudo identificou que o usopesado de álcool entre estudantes do ensino fundamental e médio darede pública das capitais brasileiras está associado a variáveispessoais e familiares. Enquanto manter um bom relacionamento com os pais e seguir uma religião parecem negativamente associados ao usopesado de álcool, trabalhar se mostrou como o fator mais positivamenteassociado.
A prevenção deste comportamento não depende apenas deprogramas por parte do poder público ou privado, mas também dofortalecimento da estrutura familiar", por exemplo.
Para ler o artigona íntegra, acesse:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=ptAgência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
Elis Regina, psicóloga com formação em Dependência Química e Especialização em Gestão Estratégica em Recursos Humanos.
Abraços,
Elis Regina
Adolescentes que trabalham ou que têm relações ruins com os pais podem estar mais sujeitos ao uso pesado de álcoolEstudo revela que quase 10% dos estudantes fazem uso abusivo de álcool, e que ter pai liberal pode até mesmo piorar o indicador.AGÊNCIA NOTISA.
De acordo com pesquisa publicada na Revista de Saúde Pública, o uso abusivo de álcool pode ser comum entre os adolescentese atinge principalmente os indivíduos com relações ruins com os paisou que já trabalham.
O artigo é da autoria de José Carlos Galduróz, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo(Unifesp) e colegas, e foi publicado na edição de abril de 2010 doperiódico.Segundo os pesquisadores, para coleta de dados, foi realizadolevantamento com estudantes de idades entre dez e 18 anos, do ensino fundamental e médio de escolas públicas em todas as capitais brasileiras.
As informações foram coletadas por meio de um questionário anônimo de auto preenchimento com questões fechadas, quefoi adaptado a partir de um modelo utilizado pela Organização Mundialda Saúde. O questionário, conforme explicam, "continha questões sobrefrequência e padrão de uso de drogas, bem como dados demográficos, defrequência escolar, prática esportiva, religião e trabalho. Além disso, foram incluídas no questionário questões sobre relacionamentofamiliar e percepção quanto ao controle exercido pelos pais".Os autores revelam, entre os resultados do levantamento, que "os fatores mais associados ao uso pesado de álcool no mês anterior à pesquisa foram: trabalho formal, idade superior a 15 anos erelacionamento ruim ou regular com a mãe".
Eles afirmam ainda que "A prática de esporte e a percepção de ter uma mãe liberal não apresentaram significância estatística e foram desconsiderados. A percepção de personalidade liberal do pai mostrou-se associada ao usopesado de álcool pelos estudantes".José Carlos e colegas acreditam que "o estudo identificou que o usopesado de álcool entre estudantes do ensino fundamental e médio darede pública das capitais brasileiras está associado a variáveispessoais e familiares. Enquanto manter um bom relacionamento com os pais e seguir uma religião parecem negativamente associados ao usopesado de álcool, trabalhar se mostrou como o fator mais positivamenteassociado.
A prevenção deste comportamento não depende apenas deprogramas por parte do poder público ou privado, mas também dofortalecimento da estrutura familiar", por exemplo.
Para ler o artigona íntegra, acesse:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=ptAgência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
Elis Regina, psicóloga com formação em Dependência Química e Especialização em Gestão Estratégica em Recursos Humanos.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Garoto de dois anos fuma 40 cigarros por dia
Bom dia pessoal!
Acredito que muitos de vocês devem ter visto a reportagem do garoto de apenas 02 anos que fuma mais de 40 cigarros por dia. Confesso que fiquei chocada! Apesar de respeitar a cultura de outros países, está fortemente impregnado em meu ser a concepção de que este fato é GROTESCO. Não quero entrar em uma discussão do que é normal e para quem, mesmo porque desconheço as leis da Indonésia e sua cultura. Minha intenção é exclusivamente lembrar que aquela criança encontra-se em fase de desenvolvimento físico, psicológico e social e que o uso do tabaco definitivamente NÃO a tornará uma pessoa mais saudável.
Pergunto-me, onde está o Estado para garantir seus direitos?
Sofia Lisboa - Psicóloga Clínica Serena
terça-feira, 6 de julho de 2010
Relacionamento Amoroso, Auto-estima e Felicidade:
Nestes dias estava pensando em qual assunto escrever e me deparei com relacionamento amoroso. Isto por que uma das maiores queixa de consultório é o tal do amor.
Andrew Solomon no livro “Depressão: o Demônio do Meio-Dia” define Depressão como fracasso no Amor. Será que é tudo isto?
Primeiro, temos que perceber que existem pessoas que são extremamente dependentes do afeto, da atenção, da opinião do outro. Como será que elas se enxergam?
Afinal, auto-estima: auto = eu + estima = valor.
Assim, qual o valor que dou a mim mesmo? Mas, infelizmente vejo muitas pessoas com outro-estima, ou seja, apenas preocupadas com o que as pessoas acham dela.
Algumas pessoas se submetem as situações constrangedoras por que não tem auto-estima e colocam o outro como um Deus. (leiam o post da Janaína: “ A Supervalorização do Ser Amado: Cadê eu?)
Relacionamento Amoroso é importante sim... Mas, você pode ser feliz com um namorado, um marido, um caso eventual...Isto não é o fato mais importante da sua vida! Na verdade, você deve ser feliz e o relacionamento amoroso te deixa MAIS FELIZ.
Até por que vejo muita gente casada ou com relacionamento sério vivendo um inferno. Relacionamento serve para facilitar a sua vida! E não para atrapalhar! E é apenas uma esfera de sua vida. Cadê o resto? Hobbies, Amigos, Religião, Profissão, Esporte. Imagine a sua vida como uma grande pizza: cada pedaço é uma esfera de sua vida. Como ela está dividida? Só tem duas grandes fatias: vida profissional e vida amorosa? Vixe, alguma coisa está errada...
Por que? Porque você coloca todas as suas expectativas nestas duas áreas apenas. E se por acaso isto não der certo? Como você vai ficar? Daí, você corre o risco de cair em depressão nestas horas... Isto por que perdeu várias habilidades sociais: desaprendeu a conversar, a paquerar, a se cuidar, a dar valor nos amigos, a ter uma vida profissional, etc. Meninas, o primeiro marido da gente é o emprego!
Outra coisa: algumas pessoas na ânsia de estar namorando procuram qualquer pessoa, sem definir alguns critérios. A escolha amorosa deve ser RACIONAL. Casamentos que dão certo ocorreram não por que fulano é bonitinho, um amorzinho, etc e tal. E sim por que ele tinha características importantes para ela, ou seja, estava dentro do perfil definido mesmo que inconscientemente.
Por outro lado, não é pra ficar escolhendo demais, senão você corre risco de ficar pra titia...rs. Mas, é preciso saber o que você pode/consegue tolerar. Por exemplo, fulano de tal preenche meus critérios: bom moço, educado, ambicioso, boa profissão, família legal, etc; MAS bebe uma água e deixa o copo no meio da sala, toma banho que nem pato deixando o banheiro encharcado. Você consegue tolerar? Arruma uma boa empregada doméstica e manda bala...
Mais uma coisa: a bibliografia nos diz que existem dois tipos de casais:
a) os alma gêmeas: gostam das mesmas coisas, fazem tudo junto...
b) os diferentes: um gosta de praia o outro de campo, um gasta muito e outro e controlado.
E aí? Qual dos dois? Na verdade, tanto faz... O primeiro tende a encher o saco do outro e se saciar, mais ou menos com taxa de validade. E o segundo tem que ficar negociando o tempo todo, ou seja, as brigas tendem a ocorrerem com mais freqüência. O que tem que ser igual são os princípios MORAIS. Afinal, isto
ninguém negocia!
Por fim, temos que pensar numa felicidade real e não numa baseada em filmes de Hollywood e novelas da Globo.Termino com uma frase de Norman Lear: "A vida é composta de prazeres pequenos. A felicidade é composta desses pequenos sucessos. O grande vêm muito raramente. E se você não colecionar todos estes pequenos sucessos, o grande realmente não significará qualquer coisa." Boa Semana a Todos!
Luciana Brasil - Psicóloga clínica com formação em Análise do Comportamento e especialização em Cognitivo-Comportamental – Serena Psicologia
Marcadores:
Auto-estima,
Relacionamento amoroso
domingo, 4 de julho de 2010
Educação dos filhos: Jogando no mesmo time se obtém a vitória
Ninguém nasce sendo pai ou mãe, nem recebe um manual junto com um bebê que chega. Quando um casal se depara com o nascimento dos filhos muitas coisas mudam em suas vidas. Começa-se uma nova rotina, acontece uma mudança existencial, mudança na identidade dos novos pais, que passam a ocupar um novo papel no mundo. Novas responsabilidades, novo ciclo de sono, mais idas a médicos, novos itens na lista do supermercado, mais visitas em casa etc...
Cada membro do casal cresceu em família diferente. Os pais deles os tratavam de forma diferente e essa maneira como cada um foi cuidado influenciará na maneira deles educarem os filhos. Desta forma, em vários momentos o casal terá diferentes opiniões a respeito de como proceder na educação dos novos membros da família.
Os padrões que temos são os fornecidos pela nossa própria experiência. Por exemplo, uma mãe que foi criada pelos pais com muito carinho e com ausência de agressão física dificilmente aceitará o esposo a agredir os filhos fisicamente, em contrapartida o pai que foi rigidamente criado pelos pais e que freqüentemente era punido fisicamente pelos mesmos, não hesitará em punir os filhos da mesma forma.
Uma boa comunicação entre os pais é fundamental para se obter sucesso nesta tarefa tão importante. São necessárias muitas conversas para se chegar em comum acordo quanto às escolhas a serem feitas. O casal deve negociar argumentando um com o outro qual o caminho mais adequado. Às vezes o casal se perde enquanto casal e começa a disputar, vira um jogo de adversários enquanto que o adequando é os dois jogarem juntos, no mesmo time, contra as adversidades. Os filhos não devem perceber quando o casal discorda entre si, eles estão em formação e precisam se sentir seguros. Ninguém fica seguro quando torce pelos dois times adversários, pois um deles irá perder. Portanto, é importante o casal manter a coerência e transmitir a segurança necessária para o bom desenvolvimento dos filhos.
Janaina Bahia
Psicóloga - Serena Psicologia; professora de Psicologia da religião e aconselhamento cristão da faculdade de teologia FATADEB.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
O Desequilíbrio Emocional da Nossa Seleção no Jogo contra a Holanda:
Depois de assistir o jogo que eliminou a nossa seleção da Copa do Mundo, resolvi escrever sobre estresse e o desequilíbrio emocional generalizado de nosso time que com certeza, levou a perdermos o jogo.
Penso que os jogadores naquele jogo após o gol da Holanda sentiam-se como um colaborador pressionado para realizar mais vendas de final de ano ou um estudante às vésperas do vestibular ou um “concurseiro” na hora da prova. Ao invés dos pais, irmãos ou familiares serem os agentes punitivos da situação troca-se por milhões de brasileiros. Assim, a situação de estresse está formada.
Mas, o que é estresse?
Estresse vem da Física e pode ser definido como TENSÃO.
Em termos fisiológicos, o estresse é uma reação do organismo a um esforço extremo e que ativa o sistema hormonal hipófise/hipotálamo/glândula supra-renal, desencadeando uma secreção importante de cortisol. Além disso, o sistema simpático ativa a adrenalina, explicando o aumento do ritmo cardíaco e do estado de vigilância.
Psicologicamente, o estresse aparece quando não lidamos de forma adequada com a situação-problema. Ficamos desencontrolados. Desequilibrados.
Em situações de alto estresse, a nossa atenção concentrada passa a ser forçada, a motivação flutuante, a ansiedade é o sentimento constante e o esforço para realizar a tarefa é enorme.
Assim, deixo os seguintes questionamentos:
Somos preparados para enfrentar situações problemas?
Como lidamos com as pressões externas?
Como lidamos com as nossas frustrações?
Por fim, a maneira que enxergamos os nossos problemas é proporcional ao tamanho que ele aparece. Problemas, todos temos... Disputas, todos iremos confrontar. Basta apenas que eduquemos o nosso pensamento, a nossa psiquê para que joguemos do nosso lado e não do lado do adversário.
Luciana Brasil - Psicóloga clínica com formação em Análise do Comportamento e especialização em Cognitivo-Comportamental – Serena Psicologia
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